domingo, 12 de abril de 2009

História de Salvador e da Bahia (em tópicos)




Aulas do Curso Tópicos Especiais em História da Bahia I (Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo telefone 71-8822-8938 ou e-mail raphaelcloux2@yahoo.com.br)



DOS TUPI, JÊ E KARIRI AOS BRANCOS PORTUGUESES E OS NEGROS DA ÁFRICA: FUNDAÇÃO DA CIDADE DO SALVADOR.


1- Definição de História¬O QUE É HISTÓRIA?

2- Dos Tupi, Jê e Kariri aos Brancos Portugueses e os Negros Africanos
2.1- Quem Descobriu o Brasil? Quem achou o Brasil? Ou será que invadiram mesmo?
2.2- Existiam povos/sociedades anteriores aos portugueses. Por que os chamaram de “Índios”?* Há vestígios da utilização da farinha no Brasil Há 40 mil anos atrás.
2.3- Tribos X Comunidades (sociedades sem a presença do Estado e sem a exploração de classes)2.4- Comunidades Organizadas a partir de troncos de linhagem. Exemplo:TRONCO TUPI – a) tupis-guaranis, b) tupinambás, c) tupiniquins* Dar exemplo africano.
2.5- Quais os troncos que existiam na Bahia? TUPI, JÊ e KARIRI
2.6- Características gerais:-organização familiar patrilinear-Comunidades nômades (em permanente estado de mobilidade)-Inexistência de estrutura de Estado (diferente dos Incas, Maias e Astecas)-Viviam do extrativismo vegetal, agricultura, caça, pesca e pequeno pastoreio de animais típicos-A “nudez” e as pinturas corporais-Religiosidade a partir dos elementos da natureza-A figura do Pajé-As Ocas – “casas” sem paredes divididas por grandes famílias2.7- Quem recepcionou os portugueses na Bahia? Em geral Tupinambás.
2.8- Características dos Tupinambás:-Fixação (então) recente no litoral-Existência de comunidades onívoras e comunidades onívoro-antropófagas
2.9- Registro da localização de comunidades indígenas em Salvador até 1583:-Vila do Pereira (Barra)-Itapagipe-Itapuã-Rio Vermelho-São Paulo (Brotas)-Pirajá-Valéria¬De acordo com dados do Padre Anchieta, em 1583, das “40 mil almas indígenas”, restaram no século XVI apenas 3.500.¬Comparação: No Peru, em Cuzco, antes dos Espanhóis chegarem, existiam quase dois milhões de pessoas. Ao longo dos primeiros séculos de colonização a população foi reduzida a 300 mil pessoas.

3- O Porquê das Grandes Navegações:

3.1- Formação dos Estados Modernos: Portugal e Espanha são pioneiros
3.2- Necessidade de novas rotas comerciais para as Índias
3.3- Em síntese: início da globalização do capitalismo (naquele contexto em fase de capitalismo comercial)
3.4- 01 de maio de 1500 – chegada dos portugueses ao Brasil
4- Os Portugueses e a Baía de Todos os Santos
4.1- Chega à Baía de Todos os Santos no dia 01 de novembro de 1501 uma expedição comandada por Américo Vespucci•Chamada inicialmente de Golfão, a baía foi batizada com este nome em virtude da data comemorativa da Igreja Católica
4.2- Em uma expedição entre os anos de 1509/1510 a nau onde estava Diogo Álvarez naufraga, restando apenas ele
4.2.a- Diogo Álvares é incorporado a uma comunidade tupinambá, onde recebe o nome de CARAMURU•Caramuru passa 22 anos sem contato com os portugueses, porém comercializando com os franceses. Instala-se nas imediações da Barra.•Problematizar o conceito de cidade (europeu) e da comunidades indígenas
4.3- Servindo como entreposto para o reabastecimento de água potável das expedições, a baía de Todos os Santos passa a receber um contingente significativo de embarcações portuguesas (mas também de outras nacionalidades – como as francesas)
4.4- Em 13 de março de 1531, Pero Lopes de Souza encontra Caramuru. Que facilita a “boa receptividade” dos tupinambás.

5- A origem da Formação do atual Território da BAHIAAs Capitanias na Bahia

5.1- Capitania de Francisco Pereira Coutinho-doada em 05 de abril de 1534-Limites: entre a margem direita do Rio São Francisco e a Ponta do Padrão (atual Farol da Barra)-Formou a Vila do Pereira (Vila Velha) “com casa para cem moradores”, nas imediações do atual porto da Barra-Construiu dois engenhos, um deles chamado João Veloso, em Pirajá-a vila sofreu dois ataques: um dos tupinambás (quando Francisco se refugia na Capitania de Pero de Campo Tourinho) e outro dos franceses-quando Francisco Pereira Coutinho retorna com reforços, o Caravelão onde se encontrava naufraga. Sobrevive mas é devorado por tupinambás na Ilha de Itaparica-Em 1548 a Coroa Real decide por instalar a sede do Governo-Geral ali e indeniza os herdeiros
5.2- Capitania de Pero do Campo Tourinho-doada em 27 de maio de 1534-conhecida por Capitania de Porto Seguro-Pero estabelece uma relação muito conflituosa com seus colonos e a Igreja. Acusado por blasfêmias e heresias, é preso e enviado ao tribunal do Santo Ofício em Lisboa. Acaba sendo absolvido mas não obtém permissão para deixar Portugal-a coroa portuguesa confisca em 1759 e anexa à Bahia (naquele momento o último donatário era o Marquês de Gouveia)

5.3- Capitania de Jorge de Figueiredo Correia-doada em 26 de julho de 1534-Limites: entre as duas outras capitanias (ia da ponta do Padrão à margem esquerda do Rio Jequitinhonha-Denominada de Ilhéus por causa da quantidade de ilhéus (ilhas)-Jorge não a ocupou, designando Francisco Romero para administrar-Jorge doa terras ao sesmeiro Mem de Sá, que constrói o Engenho de Santo Antônio-Em 1534 a capitania foi incorporada à Bahia
5.4- Capitania de Dom Antonio de Athayde (Primeiro conde da Castanheira)-doada em 1558 por Tomé de Sousa, então governador geral-A capitania compreendia as Ilhas de Itaparica e Tamarandiva e um outro lote, a sesmaria do Rio Vermelho (que posteriormente, passou abrigar as fazendas da Paciência, Sana Cruz, Alagoa, Ubarana, Pituba e Armação – onde hoje se encontram os bairros Rio Vermelho, Pituba, Amaralina e Santa Cruz)

5.5- Capitania de Álvaro da Costa-doada em 1571 ao filho do segundo governador-geral Duarte da Costa-Ficou conhecida como capitania do Paraguaçu – compreendia os vales dos rios Paraguaçu e Jaguaripe

6- A fundação da Cidade do Salvador
6.1- Nomeações:-Governador-geral: Tomé de Sousa (funções militares, política e administrativas)-Provedor-mor: Antonio Cardoso de Barros (função de arrecadar divisas ao rei)-Ouvidor-geral: Pero Borges (julgar crimes e condenar)- Conselho de Vereança: dois juízes, três vereadores e quatro funcionários (ficavam responsáveis pela ordem da cidade, tributação de artesãos, estabeleciam o uso dos chafarizes

6.2- Elementos que proporcionaram a criação de um governo-geral:-tentativa de maior controle das terras do “além-mar” por Portugal-Certa ineficiência na administração de algumas capitanias-A capitania da Bahia era central e seu donatário não tinha sido eficaz

6.3- A fundação:-a chegada na Vila do Pereira e a recepção de Caramuru (três naus – Salvador, Conceição e Ajuda; duas caravelas e um bergatim)-A escolha do melhor local: a cidade alta-A chegada na atual cidade baixa: construção da capela da conceição em taipa-Luis Dias – mestre-de-obras responsável pela construção da cidade- Thomé de Souza – Governador-geral-A problemática do dia e mês do ano de 1549:-13 de junho – primeira procissão de corpus christi-01 de maio – dia de “vencer soldos” dos trabalhadores da construção-29 de março – chegada na Vila Velha
6.4- Primeiras ruas e praça:-rua direita do palácio (hoje rua Chile)-Rua da ajuda-Rua do tira-chapéus e das Vassouras-Atual praça municipal
6.5- Sobrados:-Casa dos Governadores-Casa da Vereança-Casebres de moradia
6.6- Portões:-Santa Luzia (sul)-Santa Catarina (norte)
6.7- Acessos ao mar:-Ladeira da conceição-Ladeira do Pereira (hoje da misericórdia)-Estrada para a Vila Velha
DA CIDADE COLÔNIA À INDEPENDÊNCIA: VIVA O DOIS DE JULHO DE 1823
Ampliação da Cidade
– 1625 Invasões Holandesas¨O dique feito pelos holandeses foi nas proximidades do São Bento
¨1621 – chega notícia de possibilidade da invasão, governador Mendonça Furtado recupera fortes e baluartes
-1624 – holandeses começam o ataque pela Barra (bombardeiam o Forte de Santo Antonio e o ocupam)-- seguem pela baia de todos os santos e avançam para a cidade pela conceição-- a cidade é evadida, moradores buscam refúgio em Vila de Abrantes (que se torna capital provisória da Colônia)-- é organizada a retomada da cidade: o papel do recôncavo e dos índios-- em 08 de abril Maurício de Nassau tenta invadir pela enseada da ribeira, de onde atirou com os canhões (em vão)Salvador Colonial: construção de uma cidade radio-concêntrica e expansão da Bahia
¨ 1650 a 1763: A idade de Ouro de Salvador
# Período de muitas construções na cidade:- ampliação das fortificações, em 1724 já existiam: fortalezas de Santo Antonio, Santa Maria, São Diogo (barra); São Felipe e Santiago, de São Francisco (ribeira); Monte Serrat, Nossa Senhora do Pópulo, São Marcelo; fortaleza de São Pedro, Santo Antonio Além do Carmo, forte do Barbalho; além das portas de entrada com seus baluartes.

# Algumas das construções realizadas no período, a partir das “sobras” dos impostos e da iniciativa da igreja ou privada:

-1758: cerca de 80 anos para terminar o prédio mais alto da cidade
– a igreja da sé-1694-1702: construção do castelo da porta de são bento
-1660-1701: primeiras reformas na casa da câmara
-1694: construção da casa da moeda e tipografia (onde hoje é a prefeitura)
-1705-1716: construção da santa casa da misericórdia
-1708: construção da igreja de são pedro (desmoronada e destruída, em seu local hoje reside o relógio de são pedro)
-1727: pelourinho é transferido para o largo de são bento
•INSTRUMENTOS DE PUNIÇÃO (para infratores – negros ou não): pelourinho, forca, esquartejamento, santo ofício, cadeias, exílio.
- 1736-1739: demolida capela da conceição e erguida a atual igreja¨Informações sobre a economia:
# Quantidade de Engenhos de Açúcar:
-1572: 18-1584: 36-Início do século XVII: 50-1759: 126-Final do século XVIII: 260
•TIPOS DE ENGENHO: engenhos reais X engenhocas; engenhos de borda-d’água X engenhos de mato adentro
•TIPOS DE CANA: cana-da-terra (crioula) e cana caiana
# Produção de Algodão:-com a independência dos EUA, o Brasil passou a exportar muito algodão para a Inglaterra
# Produção de Fumo:-produção para África e Portugal (tido na época como inferior, ganhou destaque somente a partir do século XVIII)
# Produção de Couro e Solas:-A criação do gado era para abastecer de couro o mercado internacional (a charque era mais consumida internamente)* NOS DIAS DE HOJE: Brasil maior exportador de carne de boi do mundo
# Produção de ouro:-o ouro descoberto em Jacobina e Rio de Contas logo foi fechado pela Coroa, para não concorrer com Minas Gerais
# Principais rotas comerciais da Bahia:-Portugal, África, Rio Grande do Sul e portos do Prata
# Moedas:-Mil-réis: ouro-Réis e Patacas: prata e cobre
- Em 1763 devido à grande produção de ouro, metais e pedras de Minas Gerais; e em virtude da necessidade de um porto “mais seguro”, a capital passa para a cidade do Rio de Janeiro. Porém Salvador não perde de imediato seu posto de primeiro porto em exportação e importação


1763 –... : Capital só da capitania¨
Sobre a Colônia: os produtos brasileiros chegaram a representar entre 1796 a 1807, 60,6% das exportações portuguesas¨Panorama da cidade neste período:àEstimativa de população:-1775: 57 mil almas e 9.171 fogos + 15 mil escravos-1780: 65.281 almas e 10.306 fogos-1813: 80 mil, sendo somente 18 mil de brancos e pardos

#Sobre os limites da cidade 1798:-SUL: até o forte de São Pedro-NORTE: até a soledade-LESTE: até o Dique do Tororó-Destaques: início do bairro dos Barris, consolidação dos bairros da Palma e do Desterro e hortas no atual Vale do NazaréàBairros da cidade do Salvador entre 1787 e 1799:-São Bento-Conceição da Praia-Santo Antônio Além do Carmo-Palma-Desterro-Saúde

•OBS.: A existência dos bairros não anulou a existência de freguesias que, posteriormente, se tornaram bairros da cidade do Salvador.O limite formal da cidade foi o já citado, e não os dos dias de hoje.

#Feiras e Praças em 1798:-a cidade possuía 3 praças: Municipal, Terreiro de Jesus e a recente Piedade-E 3 “quitandas” (feiras): uma na Conceição da Praia, uma no Terreiro de Jesus e outra nas portas de São BentoàEstradas de Acesso à Cidade (1802):-Boiadas (liberdade)-Brotas (que passava pelo cabula)-Rio vermelho


#Construções e Desconstruções:
-1796: demolição da porta de são bento por escravos prisioneiros
-1807-1812: construção do Teatro São João
-1776: construída a capela da Irmandade do Guadalupe na praça dos veteranos
- 1807: transferência do pelourinho para o largo de são bento
-1812: concluído o forte são Marcelo (sendo reformado posteriormente)
-1810: demolição do forte são Francisco / construção (em seu lugar) do trapiche julião
-1817: construção do forte jiquitaia
-1802-1805: construção da praça são bento
-1810: construção do passeio público dos aflitos
-1811: construção da estrada para o Rio Vermelho (maior parte do traçado foi mantido pela atual avenida cardeal da silva)
-1787: construção do cemitério na quinta dos lázaros
-1802: já existiam na freguesia de Brotas 3 filiais – as capelas de Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Boa Vista e de santo Antonio
-1810: ocorreu o primeiro aterro do dique do tororó (construção da ladeira dos galés)
-1814: existência de QUILOMBOS em matatu
-Final do século XVIII: construção do solar marback
-1763: destruição do QUILOMBO Buraco do Tatu (situado no atual bairro sete de abril possuía 32 casas)
-1814: revolta de 250 escravos em itapuã
- 1798: REVOLTA DOS ALFAIATES – são enforcados e esquartejados na praça da piedade Luiz Gonzaga, João Dantas, Manuel Faustino e João de Deus.

- 1801 / 1808: a “carrera” da família real portuguesa para o Brasil¨Com o projeto de expansionismo do império da França de Bonaparte, e em virtude da concorrência com a Inglaterra, Portugal é ameaçada de invasão.¨A família real assina acordo com a Inglaterra para escolta até o Brasil¨Em troca os portos do Brasil são abertos, o porto de Florianópolis passa a ser exclusivo da Inglaterra e parte da aduana é recolhida aos ingleses. Além do posterior Tratado de Methuen (Panos e Vinhos)

- Efervescência anterior à independência¨Vários movimentos separatistas são detectados na Bahia a partir da independência dos EUA, revolução industrial, revolução francesa e revolução negra no haiti, e revolução constitucionalista.¨A coroa reprime duramente os movimentos, com enforcamentos, pelourinho, esquartejamentos, exílios ...¨A revolução Constitucionalista em Portugal é a ameaça da perda do país para o povo.¨Para tentar conter o separatismo, o Brasil é elevado à condição de Reino Unido (Portugal, Brasil e Algarves)¨7 de setembro de 1822: para não perder o domínio sobre o Brasil é DECRETADA a independência, quem assume é o filho do rei de Portugal¨2 de julho de 1823 ...



DO IMPÉRIO À REPÚBLICA: 1822-1889
Instabilidades do Império “independente”
©A famigerada Independência de 1822
©O participação efetiva do povo na conquista da Independência: o 2 de julho de 1823
©Das expectativas de libertação à continuidade do comércio de força-de-trabalho escrava agora pelos brasileiros
©A rebelião Malê de 1835: a revolta de nagôs e aussás pela liberdade
©A Sabinada: revolta federalista por ampliação do poder e autonomia da província da Bahia
©1838: o recôncavo era a região mais opulenta do Império
©1850: proibição do tráfico negreiro
©Início da perda de importância da economia baiana: em 1861, 61% das exportações brasileiras eram do RJ, na Bahia apenas 12%
©O fumo passou a ser a maior exportação da Bahia a partir de 1875
©Crescimento dos industriais: em contraponto à agro-exportação, iniciou-se o processo de industrialização na Bahia, com força-de-trabalho escrava e não escrava







©Principais ramos industriais: têxteis e fumo

©Não existia um planejamento industrial, logo as fábricas foram se instalando aleatoriamente na periferia da cidade

©Intensificação de investimento ingleses na urbanização, para aquecer suas respectivas fábricas com filiais na “nova colônia” brasileira
©Destaque das grandes pestes na segunda metade do século XIX: malária e febre amarela mataram milhares de pessoas numa cidade sem saneamento e abastecimento devido de água
©Evolução das Leis de libertação dos escravos:+ 1850 – Proibição do Tráfico (lei unilateral da Inglaterra) + 1871 – Lei do Ventre Livre + 1876 – Abolida a Pena de Morte (que era destinada majoritariamente aos escravos e aos revoltosos) + 1885 – Lei dos Sexagenários + 1888 – Lei Áurea (o último suspiro do Império)

©A Proclamação da República de 1889:

#Influência liberal: República Federativa dos Estados Unidos do Brasilà Derrubada do poder centralizado, ruptura com o restante do legado português e reassentamento das oligarquias locais (agora com mais poderes – os estados)

Síntese das transformações urbanas:
©1827 – Bahia ganha comarca do São Francisco
©1842-1855 – construção da rua da vala (baixa dos sapateiros)
©1847 – o patrimônio da Igreja Católica reunião engenhos, escravos e propriedades urbanas
©CANDOMBLÉ – a primeira casa de candomblé foi fundada na barroquinha, no início do século XIX, por membros da Irmandade Feminina de Nossa Senhora da Boa Morte --- Nação ketu
©1826 – encontrados vestígios de culto ao candomblé nas imediações do Bate Folha --- nação angola
©1828 – proibição da construção de novos engenhos
©1835 – existiam 605 engenhos na Bahia
©PESCA DE BALEIA: em 1850 foi registrada uma pesca anual de 150 a 200 baleias. Seu óleo era muito utilizado para a iluminação da cidade.
©1821-1825: a cidade baixa concentrava o centro econômico da cidade
©1846 – construção da muralha da conceição
@1849-1861 – construção do mercado modelo
©Colégio dos Jesuítas à Academia Médico-cirúrgica à Faculdade de Medicina (1832)
©1835 – extinto o pelourinho do bairro do pelourinho
©Extinção dos portões da cidade no século XIX
©1839 – implantação do farol no forte de santo Antonio
©1839 – construção do cemitério dos ingleses
©1835 – construção do cemitério do campo santo (DIFERENÇA social na hora do enterro: alemães, africanos, ingleses ...)
©1847-1859 – construção da estrada das boiadas ligando salvador – feira de Santana (passando por PIRAJÁ, campinas, bate folha, e, outra via que passava por são Caetano, cabrito...)
©1839 – construção da igreja de Santana
©CONVENTOS PASSAM A TER OUTRAS UTILIDADES: +Carmo – assembléia legislativa, +São Bento – quartéis, +Palma – estabelecimento de ensino
©1873 – inauguração da fábrica de charutos Dannemann
©1856 – construção da ferrovia salvador – são Francisco
©1884 – primeiras 27 linhas telefônicas
©1866 – primeira linha de bonde: água de meninos – bonfim
©1869-1873 – elevador Lacerda
©1852 – fundadas as companhias de navegação
©1862 – começa a iluminação a gás em salvador
©POPULAÇÃO: 1858 – 180 mil habitantes
©LIMITES DA CIDADE:1858: “um perímetro que começava na Penha, passava pelo Alambique dos Fiais, Estrada das Boiadas, Tanque da Conceição, largo da lapinha, Fonte do Queimado, estrada da Cruz do Cosme, Quinta dos Lázaros, rua da Vala, Fonte das Pedras, Sangradouro, Matatu, estrada de brotas, Dique, Garcia, largo da Graça, morro da Barra, até o farol da Barra”

©1878-1881 – ladeira da montanha
©1885 – “desaparecimento” do forte da conceição
©1867 – aterro no comércio (construção da atual rua Portugal)
©1883 – a fachada da câmara é modificada para o estilo neoclássico
©1867 – início do arruamento dos Barris
©1873 – Colégio Nossa Senhora do Salete é transferido para os Barris
©1880 – LARANJAIS plantados na VILA LAURA (brotas)
©1859 – inaugurada estrada Dois de Julho, ligação fonte nova – rio vermelho (via dique)
©1855 – construção de arcos ligando Nazaré ao barbalho
©FESTA DO BONFIM: registro já em 1856
©1865 – ponte sobre o rio vermelho na mariquita
©VASCONCELOS afirma sobre o desmantelamento do sistema defensivo dos fortes. Levando ao abandono e à demolição.

A República entre1889 e 1964

Salvador na Repúblicade 1889-1944
•1889-1929 à hegemonia das elites agrárias mineiras e paulistas
*Ruy Barbosa importa o modelo federativo para acomodar as oligarquias regionais.
•1930-1945 à hegemonia industrial paulista e das elites urbanas
*A Revolução de 1930 é a tomada do controle do Estado Brasileiro pelas elites urbano-industriais
*Em 1937 inicia o Estado Novo, a ditadura de Getúlio Vargas
•DESTAQUE:O governo de José Joaquim Seabra, 1912-1917, foi marcado pelo grande investimento na modernização da cidade do Salvador

•Síntese das Transformações Urbanas em Salvador:

- 1900: a população de Salvador era de 205.813 habitantes
-1897: construção do elevador do tabuão
-1906-1930: reforma do porto de Salvador
-1911: aprovado o remodelamento do bairro do Comércio
-1897: inaugurado o Plano Inclinado do Pilar
-1923: inaugurado o Moinho da Bahia
-1912: demolida a Igreja da Ajuda e reconstruída no atual local onde se encontra
-1930: inaugurada a sorveteria A CUBANA (empreendimento do embaixador de Cuba)
-1917: inauguração do Cinema Jerônimo, incendiado em 1934. Onde, em 1935, foi inaugurado o Cinema Excelsior
-1932: aberta a Academia de Capoeira Mestre Bimba, na antiga Escola Politécnica (Capoeira Regional)
-1941: fundada a Escola de Capoeira de Angola, do mestre Pastinha no Largo do Pelourinho
-1939: inaugurado o Cinema PAX-1932: as meretrizes foram deslocadas da Rua Carlos Gomes e da Rua Nova de São Bento
-1918: implantado o relógio de São Pedro
-1918: construída a sede do gabinete português de leitura
-1923: construção da atual sede do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia
-1939: inaugurado o prédio da Secretaria de Segurança Pública
-1917: inauguração do Palácio da Aclamação
-1894: aberta a Barra Avenida
-1923: inauguração do Instituto Feminino
-1932: inaugurado o Hospital Português
-1920: inauguração da estátua do Cristo em Ondina
-1900: fundado o Gymnasio da Bahia (Colégio Central)
BONDES:•Os bondes passaram da tração animal (burros ou cavalos) para a energia elétrica•As linhas de bonde levavam a vários pontos distantes da cidade, como Mata Escura e Cabula•Em 1897 foi inaugurada a linha de bonde elétrico entre o comércio e itapagipe•Em 1906 foram iniciadas as obras de bondes elétricos entre Sete Portas e o Bairro de Brotas•Os bondes foram extintos em 1961. Já em 1956 existiam mais ônibus do que bondes (398 X 140)
-1944: inaugurada a fábrica Chadler-1925: o forte de Monte Serrat foi reformado
-1901: concluído o Solar Amado Bahia-1910: data da fundação do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá
-1916: data de fundação do terreiro Bate Folha
-1914: em PIRAJÁ foi inaugurado o Panteon de Labatu
-1918: foi elaborado o arruamento da Pituba por Theodoro Sampaio
-1942: início da estrada amaralina-itapuã
-1925: ocorre o primeiro vôo internacional ipitanga-toulouse
-Entre 1939 e 1945 com a construção do aeroporto, surge o bairro de são cristóvão


Salvador na República de 1945 - 1964
•Fim da ditadura de Vargas e breve período de liberdade democrática
•1964: ano da chamada “Revolução” que nada mais foi do que um golpe de Estado feito pelos militares e patrocinado pelo imperialismo norte-americano (ianque)
•ACM é cria da ditadura militar, tudo o que conseguiu construir foi graças à condição de marionete dos militares
•Síntese das transformações urbanas:
-Foi criado a partir de 1964 o BNH, para financiar a construção de conjuntos habitacionais (e legitimar socialmente o golpe)
-1947: encontrado petróleo no Lobato
-1954: instalação da refinaria Landulfo Alves no Recôncavo
-1950: a população de Salvador era de 417.235 habitantes
-1951: LIMITES territoriais da cidade à fazia fronteira com Camaçari, são Sebastião do Passé e São Francisco do Conde
-1951: LIMITES da zona urbana à península de itapagipe até o rio vermelho, limitando-se pelo dique do tororó
-1958: emancipação do distrito de candeias
-1961: emancipação de Simões Filho
-1962: criado o município de Lauro de Freitas
-1946: fundada a UFBA
-1963: pavimentada a estrada Rio-Bahia
-1945: inauguração da fábrica Fratelli Vita na calçada
-1946: fundada a Federação Baiana dos cultos afro-brasileiro
-1948: registro de um candomblé Muçurumim de origem malê na Liberdade
-1969: existiam 756 casas de candomblé registradas na secretaria de segurança pública
-1949: criação do Afoxé Filhos de Gandhi
-1952: publicado o primeiro Roteiro Turístico da cidade do Salvador
-1956: a distribuição da população na cidade era à mais abastados na vitória, Graça e Barra; medianos no Nazaré, Barbalho, Santo Antônio e Soledade; e, os pobres na Liberdade, São Caetano, Uruguai, Massaranduba e Penha
-Até um pouco antes de 1958 existiam cerca de 5.500 saveiros e barcos a vela na baía de todos os santos
-1968: incendiado a antigo mercado modelo
-1968: construção do terminal da barroquinha
-1963: restaurado o solar do unhão
-1958: incêndio no recém construído Teatro castro Alves
-1949: inauguração do fórum Ruy Barbosa
-1949: construção do Estádio da Fonte Nova
-1961: construção da primeira estação rodoviária na avenida Barros Reis
*DESTAQUE: convém destacar o primeiro plano de urbanização e planejamento da cidade do Salvador, o EPUCS. Editado em 1943-1947, foi o referencial de urbanização (no modelo radio-concêntrico) até a década de 1970 quando é elaborado o PLANDURB.

O PORQUÊ DA “CIDADE DO AXÉ”: RAÍZES AFRICANAS NA CULTURA BAIANA

Localidades de origem dos escravos na Bahia

#I Ciclo: negros da Guiné durante a segunda metade do século XV
#II Ciclo: negros de Angola e Congo no século XVII
#III Ciclo: negros da Costa da Mina no começo do século XVIII
#IV Ciclo: negros da Baía de Benin entre 1770 e 1850

# O tráfico chegou a possuir para o Brasil uma maior importância econômica que a própria produção de açúcar

#Os africanos vendidos eram em geral presos de guerra
#A compra e venda de escravos na Bahia se deu basicamente através de trocas de mercadorias: de um lado os negros, de outro o tabaco do Recôncavo (cachaça em menor escala)

#OBS.: O fumo baiano era muito apreciado pelo mercado africano pois, por ser de baixa qualidade no mercado internacional (europeu), as folhas de terceira e quarta categoria eram embebidas em “mel” (melaço). Para que não apodrecessem ou secassem. Daí ser um produto tão quisto.

#O fumo de Cachoeira era de primeira (tabaco) e exportado para Portugal
#O fumo de Sergipe, Monte gordo, Inhambupe e Itapecura era de baixa qualidade (soca); e exportado para a África

Quem era / é quem? Com o largo período da escravidão, fragmento grandes de nações foram “transplantados” da África para o Brasil e Bahia. Vindo inclusive membros da realeza de determinadas comunidades. Aqui no Brasil em certa medida tentaram reconstruir seus valores e cultura, porém com fusões destes fragmentos, construíram “novas” nações. A reconstituição da cultura e língua foram muito abaladas pelo “embaralhamento” intencional (por parte dos traficantes) de fragmentos de nações. Além disso, a temporalidade dos ciclos nos auxilia a compreender porque determinadas nações conseguiram ter mais êxito na preservação de seus valores (ex.: a nação iorubá). ALERTA: o que se convenciona chamar hoje de nações ou sociedades africanas no Brasil é uma forma generalista de denominar comunidades ou Estados que existiram em determinadas regiões e que possuíam algum nível de proximidade lingüística ou cultural. Certamente que em alguns casos alguns estudos mais aprofundados conseguem obter informações mais precisas + Resumo de denominações encontradas na literatura:+Jêjes: africanos pertencentes ao reino de Daomé Nagôs: em geral há uma equivalência na denominação dos iorubás + Ussas ou Ussá: africanos pertencentes ao Islã + Malês: nagôs-iorubás convertidos ao islamismo (em grande parte no Brasil) + Bantos: africanos da região de Angola e CongoàSudaneses: africanos iorubás








Entendimento da origem das atuais nações do Candomblé:

#Nação Angola: resultado do tráfico do II ciclo, onde, em geral, angolanos e congolenses foram trazidos para o Brasil
#Nação Jêje: resultado do tráfico do III ciclo, onde, em geral, membros do reino de Daomé (Costa da Mina) foram trazidos
#Nação Ketu: resultado do tráfico do IV ciclo, onde, em geral, iorubás (Baía de Benin) foram trazidos

OBSERVAÇÃO:Existem outras nações que possuem relativa especificidade, porém em linhas gerais a definição destas nações se dá por troncos linguísticos ou culturais equivalentes. Bem como coincidem com os ciclos do tráfico na Bahia. Como exemplo, temos a nação Ijexá na Bahia, onde sua matriz linguística deriva do iorubá. Existe ainda a nação vodun.

Em virtude da grande fragmentação e reorganização cultural das nações no Brasil, há uma incorporação de rituais e culto a orixás de diferentes nações (ex: os iorubás assimilam em seu panteão orixás jejes, e vice-versa)

Curiosidades sobre as nações:+A nação angola assimilou em seus rituais o culto aos caboclos (de couro e de pena) numa reverência aos antepassados fundadores brasileiros – os indígenas +A nação jêje adaptou seu culto ao panteão iorubá, mas sua cultura ritualística tem raiz nos cultos egípcios antigos. A palavra JÊJE significa, em iorubá, “aquele que vem de fora”, servia para designar os povos FON e EWE de Daomé








#A nação ketu possui uma maior presença e preservação cultural em virtude de terem sidos os últimos povos a serem traficados. Na Bahia há um destaque para Mãe Stela (ile axe opo afonja) pela liderança do movimento de “reafricanização” e da negação ao sincretismo.








OBS.: O culto do panteão de orixás é um fenômeno ocorrido no Brasil, pois nas sociedades africanas, determinadas comunidades ou Estados adoravam somente uma entidade.Denominações das religiões de matriz africana no Brasil


As religiões de matriz africana receberam, no Brasil, diversas denominações, que possuem uma equivalência de significados.nO candomblé é a forma mais difundida na pela Bahia, no Rio de Janeiro a Macumba, Xangô em Pernambuco e Alagoas, Tambor de Mina do Maranhão e Pará, e Batuque no Rio Grande do Sul


A UMBANDA é o primeiro movimento de popularização de elementos da religiosidade africana no Brasil. A partir do começo do século XX há uma fusão da Macumba, do Rio de Janeiro, com o Kardecismo francês.







E o SINCRETISMO realmente existiu? (não ocorreu uma fusão harmônica entre a igreja católica e as religiões de matriz africana)

As revoltas:

Inúmeras foram as revoltas, levantes, rebeliões, quilombos, envenenamentos ...nNina Rodrigues destaca papel dos negros malês e ussás na aguerrividade própria do islamismo.nOs senhores permitiam os “batuques” para servir de alívio de revoltas e fortalecimento das rivalidades entre as nações



Síntese do panteão dos:. Orixás (ketu). Voduns (jêje). Inkices (angola)


EXÚ








#Exu = “esfera”, aquilo que é infinito, que não tem começo nem fim (em iorubá)








#É o senhor da passagem e dos caminhos








#É o princípio de tudo, o começo da vida (é por isso que nos rituais é o primeiro homenageado)nÉ, também o equilíbrio “negativo” do universo – o que não conota maldadenFoi associado ao Diabo no catolicismonConsiderado a contradição, se Oxalá é o fim Exu é o início; se Oxalá é o equilíbrio positivo #Exu é o negativo







MITOLOGIA: filho de Iemanjá, irmão de Ogum e Oxossi. Sempre independente e criador de casos tentou violar a própria mãe






OGUM






#È o orixá das guerras, da briga. É o senhor do aço e da metalurgia, das armas e dos exércitos.






MITOLOGIA: filho de Iemanjá, irmão mais velho de Exu e Oxossi. Possui um amor muito forte pelo segundo irmão, a quem ensinou a caçar. Dizem que os filhos de Oxossi também são cuidados por Ogum.






#No catolicismo (no Rio de Janeiro) é associado a São Jorge.






#A Espada de Ogum é a sua representação mais popularizada






#Saudação: ogum-nhê






OXOSSI






#É o orixá da caça, das matas. É a divindade da fartura, da abundância, da prosperidade.






#Rege a agricultura, é quem permite um bom plantio e uma boa colheita






MITOLOGIA: Filho de Iemanjá, irmão de Exu e Ogun; dos irmãos é o mais tranquilo e pacato.






#Representa também, para a tradição iorubana, os caboclos (que não são cultuados nesta nação)






OSSÃE






#Orixá das ervas, é quem detém o poder curativo e a sabedoria delas. Introvertido e pensativo são características.






MITOLOGIA:Filho de Nanã, irmão de Obaluaê, Oxumarê e Exá. Foi para a mata ainda menino, onde aprendeu seus conhecimentos.






OXUMARÊ






#É o orixá da riqueza, do dinheiro. É a entidade da prosperidade, da fartura e do lucro. Simbolizado no arco-íris é sinal de bons tempos.






MITOLOGIA:Irmão gêmeo de Ewá, filho de Nanã, possui ainda dois outros irmãos: Ossãe e Obaluaê











OBALUAÊ / /OMOLU






#Obaluaê é o momento mais jovem deste orixá, que em sua forma mais anciã é a figura do sábio, Omolu.






#É o orixá das doenças, seu rosto é encoberto, não podendo ser vistonÉ o emissário de Oxalá para buscar o espírito desencarnado






#MITOLOGIA: filho de Nanã abandonado por ser doente, foi criado por Iemanjá. Irmão mais velho de Ossãe, Oxumarê e Ewá. É um orixá da Nação Jejê, mas cultuado no panteão das outras nações. No catolicismo é representado por São Lázaro











XANGÔ






#Xangô é o orixá das pedreiras. Senhor da justiça e do poder da política, bravo e destemido. É o levante popular, as lideranças políticas.






MITOLOGIA:Filho de Bayani e marido de Iansã, Obá e Oxum.











IANSAN






#Senhora do fogo, dos raios, furacões e vendavais. Entidade guerreira, poderosa e sedutora, controla as tentações e o ciúmenSua “espada” é muito utilizada em ornamentações de jardins (planta verde e roxa)






MITOLOGIA: foi esposa de Xangô, paixão de Ogum, Oxaguian e Exu.











LOGUN-EDÉ






Senhor da pesca, divindade dos rios que vive seis meses na caça com o pai Oxóssi; e seis meses na água doce com a mãe Oxum.






#Logun-Edé não é um orixá de dois sexos, é uma entidade masculina e que divide seu tempo com seus pais.






MITOLOGIA: tem três irmãos – Odé Ifá (afilhado de Oxalá), Odé Issambô (afilhado de Ossãe), e Odé-Ilê (afilhado de Exu)











OXUM






#Senhora da água doce, rainha das cachoeiras. Dona do ouro. Orixá da prosperidade, da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criança no ventre da mãe.






#É a rainha na “nação” Ijexá






MITOLOGIA: Filha de Oxalá sempre foi uma moça muito curiosa e bisbilhoteira.






IEMANJÁ






#Orixá dos Mares, representada pela figura da sereia, é considerada a mãe de todos os orixás






MITOLOGIA:Filha de Olokun, teve três filhos: Ogun, Oxossi e Exu











OBÁ






#Orixá guerreira, é aproximada a uma Iansan senhora (idosa).Patrocina conflitos.






MITOLOGIA:Esposa de Xangô, foi expulsa de seu reino tornando-se uma guerreira habilidosa e destemida.






EWÁ






#É a divindade do canto, do quê é alegre e vivo. É o orixá que transforma a água em chuva e nuvens.






MITOLOGIA:Filha de Nanã, irmã de Obaluaê, Ossãe e gêmea de Oxumarê.











NANÃ






#Entidade da passagem, portal, entre os vivos e os mortos. Orixá da nação Jêje.






MITOLOGIA:Mãe de Obaluaê, Ossãe, Oxumarê e Ewá











KITEMBO/TEMPO / IROKO






#Divindade das estações do ano e das mudanças climáticas. Ele equilibra e desequilibra o mundo.






MITOLOGIA:De origem congo-angola, afirma-se que foi uma pessoa muito ágil que fazia diversas atividades ao mesmo tempo.






IBEJI/VUNGI






#São os orixás crianças, sinônimo da esperança e da infância.Os erês são brincalhões e arteiros, como crianças. Associados a Cosme e Damião no catolicismo











OXALÁ






#Oxalá é o fim, o princípio da morte. A paz e a fraternidade entre os seres da terra.






MITOLOGIA: Marido de Nanã tentou burlar a regra de não conhecer o que tinha para além do portal da vida e a morte. Como punição de Nanã passou a ser o princípio do fim.






OBS.: Olokun ou Olorun é a entidade regente de todo o cosmos, sendo a principal entidade, porém a menos citada. Os orixás estariam a seu serviço, tendo em vista ser o criador do universo.










# Estrutura organizativa de um terreiro:

= Babalorixá ou Ialorixá – topo da hierarquia
=Babá-Kekerê ou Iá-Kererê – pai-pequeno ou mãe-pequena
=Ogan – toca os atabaques e coordena o ritual
=Ekedi – responsável por zelar pela entidade incorporada na festa
=Alabê – coordenador dos Ogans
=Olossãe ou Babalossãe – responsável pelas ervas dos rituais
=Axogun – cuida dos animais a serem sacrificados
=Yabassê – quem prepara as comidas sagradas
=Dagã – quem cuida da casa de Exú
=Ebomi – pessoas iniciadas há mais de sete anos
=Vodunci – pessoas iniciadas a mais de três anos
=Yawôs – recém iniciados
=Abian – quem está no começo da iniciação
=Iá-efun – encarregada da pintura dos Yawos
=Peji-Runtó – cuida dos elementos necessários para os rituais
=Axé – a casa, o terreiro (A força que movimenta tudo)


Terreiros em Salvador:

MENININHA DO GANTOIS - End.: Alto do Gantois, 23 - Federação (Ao lado da Bandeirantes)Tel.: 336.9594
ABAÇA DE AMAZI - End.: José Ramos, 165, Vila América - Vasco da GamaTel.: 261.2354
BATE FOLHA - End.: Travessa de São Jorge, 65 E - Mata Escura do RetiroTel.: 306.2163
CASA BRANCA - End.: Av. Vasco da Gama, 463 - Vasco da GamaTel.: 334.2900
CASA DE BABÁ - End: Av. Beira Mar s/nº - Ponta de AreiaTel: 631.4093
CASA OXUMARÉ - End.: Rua Pedro Gama, s/nº - 2ª Travessa - FederaçãoTel.: 237.2859
CENTRO DE ANGOLA MENSAGEIRO DA LUZ - End.: Rua Ferreira Santos 53 - FederaçãoTel.: 247.4974
FEDERAÇÃO BAIANA DE CULTO AFRO BRASILEIROEnd.: Rua Alfredo de Brito, 39, 1º andar - PelourinhoTel.: 321.1444
ILÊ ASE ODE OLUAMI - End.: Travessa Manuel Rangel, 49, Vila Matos - Rio Vermelho(Travessa aolado da Clínica Corpus).Tel.: 247.8584
ILÊ AXÉ AJAGUNA - End.: Rua Genesio Sales, 11 - MassarandubaTel.: 316-2478
ILÊ AXÉ E BÁ OGUM - End.: Rua Sérgio de Carvalho, 39 - Vasco da GamaTel.: 334.0757
ILÊ AXÉ MAROKETU - End.: Rua Antônio Viana, 65 - Cosme de FariasTel.: 276.3116/382.7928
ILÊ AXÉ OPÔ AFONJÁ - End.: Rua Direta de São Gonçalo, 557 - CabulaTel.: 384.5229/384.6800
ILÊ AXÉ OPÔ AJAGUNÃ - End.: Jardim dos Diamantes, 14, Areia Branca - Lauro de FreitasTel.: 301.6234
OTÁ OMIN AXÉ NILÁEnd.: Parque Metropolitano do Abaeté - Itapuã (Em frente a casa da Música da Bahia)Tel.: 249.7059 / 375-4723
ILÊ AXÉ YÊYÊ IPONDA IMIN ONILÊ - End.: Rua Direta de Santo Antônio, 665, Portão - Lauro de FreitasTel.: 379.6748
ILÊ TOOYÁ LONI - End.: Ferreira Santos, 164 - FederaçãoTel.: 247.0879/9968.6634
OBÁ TONI - End.: Ladeira da Paz, 29 - Engenho Velho da FederaçãoTel.: 203.6396
OLGA DE ALAKETU - End.: Rua Luis Anselmo 67 - Matatu de BrotasTel.: 244.2285
OXUM APARÁ - End.: Estrada Cia Aeroporto - Km 5,5. Rua Manoel Jovino, 67- Alto doCEPEL(Perto da CEASA), Simões FilhoTel.: 301-6591
SANTA BARBÁRA - End.: Rua Antonio José Silva, 01, Estrada das Barreiras, CabulaTel.: 257-0583

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BIBLIOTECA VIRTUAL - HISTÓRIA MODERNA

TEXTOS DE HISTÓRIA MODERNA I

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO ARTIGO --http://www.unipac.br/bb/documentos/roteiro_elaboracao_artigo2011.pdf
TEXTO: Livro: Textos sobre História Moderna - Adhemar Marques
http://www.mediafire.com/view/?4co079vromhk1sj
OU NO LINK http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfReMAK/historia-modernas-atravez-textos
TEXTO – MARX, Karl. O Capital

Capítulo: A Chamada Acumulação Original (ou A Acumulação Primitiva do Capital)
Clique em todos os links para baixar os tópicos do capítulo do livro:
http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/capital/cap24/cap02.htm
http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/capital/cap24/cap03.htm
http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/capital/cap24/cap04.htm
http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/capital/cap24/cap05.htm
http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/capital/cap24/cap06.htm
http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/capital/cap24/cap07.htm

TEXTO: LIVRO A SOCIEDADE DE CORTE (Norbert Elias) )
https://docs.google.com/file/d/0B32542XvelOIV3RmdGhuLVNfQjQ/edit?usp=sharing
https://docs.google.com/file/d/0B32542XvelOIY2RSdmNNOTdBSUU/edit?usp=sharing

TEXTO - O PRÍCIPE - Nicolau Maquiavel http://livros.universia.com.br/2012/06/05/baixe-gratis-o-livro-o-principe/
TEXTO - O LEVIATÃ - Thomas Hobbes (*Ler a Segunda Parte, "Estado") - http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/marcos/hdh_thomas_hobbes_leviatan.pdf

TEXTO : AS 95 TESES DE MARTINHO LUTERO afixadas no dia 31 de outubro de 1517 em Wittenberg
http://www.monergismo.com/textos/credos/lutero_teses.htm

TEXTO - O TRATO DOS VIVENTES (Luis Felipe de Alencastro)

Capítulo 01 - https://drive.google.com/file/d/0B78IgJRksyrCbWl2YmRlYm1GUEU/view?usp=sharing

TEXTO 02 - O TRATO DOS VIVENTES (Luis Felipe de Alencastro)

Capítulo 02 - https://drive.google.com/file/d/0B78IgJRksyrCQW9jUTFnQlJ1elk/view?usp=sharing


TEXTOS DE HISTÓRIA MODERNA II
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO ARTIGO --http://www.unipac.br/bb/documentos/roteiro_elaboracao_artigo2011.pdf
TEXTO: Livro: Textos sobre História Moderna - Adhemar Marques
http://www.mediafire.com/view/?4co079vromhk1sj
TEXTO: O Renascimento - Nicolau Sevcenko
http://www.mediafire.com/view/?bfi27499ajbd6b1
TEXTO : A Utopia - Thomas Morus
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/utopia.html
TEXTO : O Discurso do método - René Descartes
http://www.fae.edu/pdf/biblioteca/O%20Discurso%20do%20metodo.pdf
TEXTO: REVOLUÇÃO FRANCESA
TEXTO - ILUMINISMO E DIDEROT
Parte 4 http://www.youtube.com/watch?v=Nrae00l3_20

FILME - MARTINHO LUTERO (filme antigo) https://www.youtube.com/watch?v=0WpGNrWca7s

FILME: A VIDA DE LEONARDO DA VINCI - https://www.youtube.com/watch?v=gk1XeiyhXXI

FILME: AVIDA DE LEONARDO DA VINCI https://www.youtube.com/watch?v=b-jpRG4YMWU

FILME - SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO (Shakespeare)
https://www.youtube.com/watch?v=S7iIEH2wDkI

FILME - A RAINHA MARGOT https://www.youtube.com/watch?v=yViGIEkp5RY

FILME - A ASCENÇÃO DE LUÍZ XIV https://www.youtube.com/watch?v=jmGq6jJONEI

DOCUMENTÁRIO - REVOLUÇÃO FRANCESA - https://www.youtube.com/watch?v=xV5g84ROXbE

FILME - MORTE AO REI https://www.youtube.com/watch?v=ic2T7dhyMa0

HISTÓRIA DA BAHIA 3

Hegemonia e Resistências no Brasil. Os primeiros traçados da industrialização na Bahia: segundo a composição social da classe trabalhadora por sexo e raça, de Vanessa Cristina Santos Matos;

Hegemonia e Resistências no Brasil. O nacionalismo e o desenvolvimentismo: intelectuais, produção cinematográfica e reforma agrária, de Caroline Lima Santos;

Hegemonia e Resistências no Brasil. De passeata a quebra-quebra: resistência e explosão popular, de Edemir Brasil Ferreira;

Hegemonia e Resistências no Brasil. “Sou do Marotinho, mas não sou malandro”: Movimento Baixa do Marotinho – Salvador (1974-1976), de Gisele Oliveira de Lima

Hegemonia e Resistências no Brasil. Aventura e desventura: uma peça proibida, de César Carneiro;

Hegemonia e Resistências no Brasil. Políticas indígenas e políticas indigenistas na capitania de Porto Seguro: uma análise da experiência do índio Manuel Rodrigues de Jesus (1795-1800), de Francisco Cancela

Hegemonia e Resistências no Brasil. Entre contestações e negociações à “legalidade” urbana: a dinâmica cidade de Nazareth nos anos iniciais da República, de Lucas Santos Aguiar.

Hegemonia e Resistências no Brasil. Hegemonia e transposição do rio São Francisco: a validade dos conceitos de hegemonia e Estado na teoria marxista em um exemplo vivo da realidade, de Yang Chung;

Hegemonia e Resistências no Brasil. O escravismo colonial brasileiro e as comunidades quilombolas na contemporaneidade, de Valdir Almeida Santos;

Resistências e contestações: movimentos sociais, política e ideologia. “Rompendo paradigmas através da luta: a greve das/os tecelãs/ões em setembro de 1919 (Salvador-Bahia)”, de Vanessa Cristina Santos Matos;

Resistências e contestações: movimentos sociais, política e ideologia. “Ecos no silêncio dos porões da história: ações de mulheres baianas nos espaços públicos”, de Ediane Lopes de Santana;

Resistências e contestações: movimentos sociais, política e ideologia. “O racismo e a harmonia racial na imprensa baiana”, de Meire Reis.

Resistências e contestações: movimentos sociais, política e ideologia. “Apontamentos para um estudo sobre o Movimento Estudantil Universitário soteropolitano, 1975-1979 (UFBA e UCSAL)”, de Anderson Luís antos Silva;

Resistências e contestações: movimentos sociais, política e ideologia. “Panorama da luta pela moradia em Salvador de 1964 até a formação do Bairro da Paz”, de Raphael Fontes Cloux

Resistências e contestações: movimentos sociais, política e ideologia. “Apontamentos para estudos sobre o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), de Virgílio Sena Nery.

SETE ESQUINAS. Izabel de Fátima Cruz Melo, em Falando sobre o ‘Vazio’: circuito cultural e cinema na Salvador dos anos 1970,

SETE ESQUINAS. Um breve panorama das políticas públicas e atuações dos órgãos estatais na área de habitação na cidade do Salvador (Bahia/Brasil) na década de 1960, Liliane Ferreira Mariano da Silva e Raphael Fontes Cloux

RESISTÊNCIAS POPULARES, GESTÃO DO ESTADO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA. Yang Borges Chung, em Cultura Política de Resistência e de Vanguarda Dirigente no ensamento contra-hegemônico de Carlos Marighela

RESISTÊNCIAS POPULARES, GESTÃO DO ESTADO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA. Movimentos sociais na Bahia dos anos de 1980, Geraldo Araújo

RESISTÊNCIAS POPULARES, GESTÃO DO ESTADO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA. MST e a ocupação da Fazenda Nova Suíça: resistência popular no campo e na cidade, Alan Brandão de Morais

RESISTÊNCIAS POPULARES, GESTÃO DO ESTADO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA. A Trajetória do Capital Imobiliário em Salvador, Raphael Fontes Cloux

TEMPOS DE LUTA E ESPERANÇA: A MATERIALIZAÇÃO DA REVISTA SEIVA NA BAHIA (1938-1943). Daniela de Jesus Ferreira


BIBLIOTECA VIRTUAL DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

TEXTO - VAVY PACHECO (O QUE É HISTÓRIA)

https://drive.google.com/file/d/0B78IgJRksyrCbHZBUHJscG8zajg/edit?usp=sharing


TEXTO - MARIO MANACORDA - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA ANTIGUIDADE AOS NOSSOS DIAS

https://drive.google.com/file/d/0B78IgJRksyrCYUc4VThVd0pzekE/view?usp=sharing


TEXTO - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO - Maria Sinara Torres Barbosa

https://drive.google.com/file/d/0B78IgJRksyrCVWdqV245MUFKbDQ/view?usp=sharing


FILME - 1492 - A CONQUISTA DO PARAÍSO

https://www.youtube.com/watch?v=tAekrGaHtiI


FILME - O NOME DA ROSA

https://www.youtube.com/watch?v=br2DfBUElH8


FILME - MARTINHO LUTERO (filme antigo)

https://www.youtube.com/watch?v=0WpGNrWca7s


DOCUMENTÁRIO SOBRE PAULO FREIRE

http://www.youtube.com/watch?v=EzjY0x37E88